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Resumo e análise do livro: A Cidade e as Serras - Eça de Quierós.

Personagens:


Jacinto – O protagonista, é chamado pelo narrador de Príncipe da Grã-Ventura, nasceu e foi criado em Paris, é filho de uma família de Fidalgos Portugueses. Odeia a vida no campo, mas acaba mudando de ideia quando vai a Portugal promover o transporte dos ossos dos avós .

Joaninha – Prima de Zé Fernandes, camponesa portuguesa saudável e rústica. Moça simples e boa, nascida na serra. E Jacinto se casa com ela.

José Fernandes – Narrador-personagem, amigo de Jacinto desde os tempos de estudante, quando os dois moravam em Paris. É um homem rústico nascido na serra, não se deixa contaminar pelas idéias do amigo, mas aproveita-se do luxo e do conforto cultivados por ele.

Cintinho – Pai de Jacinto, homem de saúde frágil e temperamento sombrio.

Grilo – O mais antigo criado de Jacinto, negro que desde a infância acompanha o patrão. Havia sido levado a Paris por dom Galião. Aceita todas as decisões do patrão sem reclamar. Simples e ignorante, mas sempre consegue definir os estados de alma de Jacinto.

Jacinto Gailão – Também chamado dom Galião. Avô de Jacinto.

Tia Vicencia - tia de José Fernandes, é uma senhora simples, boa e religiosa. Sua excelência na cozinha não agrada só o sobrinho mas também Jacinto.

Enredo:

Em “A Cidade e as Serras”, a cidade é a capital francesa, Paris, e as serras são Tormes, no interior de Portugal. O nosso Narrador- personagem José Fernandes, amigo de Jacinto, percebe - e nos conta - que Jacinto vai se decepcionando com a superficialidade das pessoas, com o barulho da cidade, com a tecnologia que sempre o deixa na mão. Vale lembrar, que o nosso protagonista vive em Paris, em sua mansão na Avenida Campos Elísios (Les Champs Elysées), número 202, em que a todo tipo de modernidade e luxo. Grilo, o criado fiel de Jacinto, conta ao nosso narrador que o mal de seu patrão "era fartura", e em um conflito existencial Jacinto começa a achar que Paris era uma ilusão.
  Um dia Jacinto decide mudar para sua propriedade rural, localizada em Tomers, onde seus avós estavam enterrados, e Jacinto afirma que entrará nas serras o "202", todavia, as coisas não deram certo, as malas da viagem ficaram perdidas e os dois viajantes a pé para atravessar a serra e como ninguém da casa sabia da chegada dos amigos, não havia conforto, pois nada estava preparado para recepcioná-los. Sem saber viver sem conforto, nosso protagonista, irritado,  afirma que iria a Lisboa, mas Melchior, caseiro da casa, arranjou-lhe comida simples, quanto a louça não era nada de cristal ou porcelana... "Diante do louro frango assado no espeto e da salada (...) a que apetecera na horta, agora temperada com um azeite da serra digno dos lábios de Platão, terminou por bradar: 'É divino'."
  Jacinto muda-se para o campo, passa a cuidar do humildes, procura trazer a "civilização" ao interior de Portugal, em uma das festas promovidas no interior, percebemos o quão é o atraso e a ignorância dos camponeses que ali viviam. Em uma das visitas a família do amigo, conhece Joaninha, uma camponesa tipica, casa-se com ela e tem dois filhos...
"E na verdade me parecia que, por aqueles caminhos, através da natureza campestre e mansa - o meu Príncipe (..), a minha prima Joaninha (...) e eu (...), tão longe de amarguradas ilusões e de falsas delícias (...), seguramente subíamos para o Castelo da Grã-Ventura."

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