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Resumo e análise do livro: Capitães da areia - Jorge Amado.

     Publicado em 1937, retrata um situação real. O descaso social com meninos com de rua é o assunto principal do romance. Em todos os capítulos esse abandono, seja por meio  da reflexão dos garotos ou da dos adultos que estão ao seu lado, seja pelos comentários do narrador.

Personagens: A obra não possui um personagem principal. O mais apropriado seria apontar o conjunto do bando. Isso por que as ações não giram entorno de um ou de outro personagem, mas ao redor de todos. Pedro Bala, o líder do bando, não é mais importante para o enrendo do que o Sem - pernas ou o Gato. Por isso a ideia de que o protagonista é o elemento coletivo, e cada membro do grupo funciona como uma parte da personalidade, uma faceta desse organismo maior.

Pedro Bala – líder dos Capitães da Areia, tem o cabelo loiro e uma cicatriz de navalha no rosto, fruto da luta em que venceu o antigo comandante do bando. Seu pai, conhecido como Loiro, era estivador e liderara uma greve no porto, onde foi assassinado por policiais.

PROFESSOR– intelectual do grupo, deu início às leituras depois de um assalto em que roubara alguns livros. Além de entreter os garotos, narrando as aventuras que lê, o Professor ajuda decisivamente Pedro Bala, aconselhando- o no planejamento dos assaltos.

GATO – é o galã dos Capitães da Areia. Bem-vestido, domina a arte da jogatina, trapaceando, com seu baralho marcado, todos os que se aventuram numa partida contra ele. Além dos furtos e do jogo, Gato consegue dinheiro como cafetão de uma prostituta chamada Dalva.

  SEM-PERNAS
– deficiente físico, possui uma perna coxa. Preso e humilhado por policiais bêbados, que o obrigaram a correr em volta de uma mesa na delegacia até cair extenuado, Sem-Pernas conserva as marcas psicológicas desse episódio, que provocou nele um ódio irrefreável contra tudo e todos, incluindo os próprios integrantes do bando.

BOA-VIDA – o apelido traduz seu caráter indolente e sossegado. Contenta-se com pequenos furtos, o suficiente para contribuir para o bem-estar do grupo, e com algumas mulheres que não interessam mais ao Gato.

PIRULITO – era o mais cruel do bando, até que, tocado pelos ensinamentos do padre José Pedro, converte-se à religião. Executa, com os demais, os roubos necessários à sobrevivência, sem jamais deixar de praticar a oração e sua fé em Deus.

VOLTA SECA – admirador do cangaceiro Lampião, a quem chama de padrinho, sonha um dia participar de seu bando.

JOÃO GRANDE – é respeitado pelo grupo em virtude de sua coragem e da grande estatura. Ajuda e protege os novatos do bando contra atos tiranos praticados pelos mais velhos.

DORA – seus pais morreram, vítimas da varíola, quando tinha apenas 13 anos. É encontrada com seu irmão mais novo, Zé Fuinha, pelo Professor e por João Grande. Ao chegar ao trapiche abandonado, onde os garotos dormem, Dora quase é violentada, mas, tendo sido protegida por João Grande, o grupo a aceita, primeiro como a mãe de que todos careciam, depois como a valente mulher de Pedro Bala.

Dalva: que é a prostituta que tem um caso com Gato;
Don'Aninha: que é a macumbeira, que é uma espécie de mãe para os meninos do Trapiche;
Padre José Pedro: era uma espécie de defensor dos meninos, que através de suas mensagens tentava acalmar o coração dos garotos;
João-de-Adão: era o grevista, que ajudou Pedro Bala à saber o que seu pai foi no passado;
Querido-de-Deus – grande capoeirista da Bahia, respeita o grupo liderado por Pedro Bala e é respeitado por ele. Ensina sua arte para alguns deles e exerce grande influência sobre os garotos.
    Crítica literária 

O livro relata o desprezo das autoridades para com a pobreza, até a imprensa que deveria ser um órgão imparcial e transmissor de informações, posiciona-se mais para acusar, julgar os meninos do que para defendê-los como o Padre José Pedro e Don'Aninha, que mesmo com suas poucas condições ajudavam na forma do possível de compreendiam as necessidades das más atitudes dos meninos do Trapiche, pelo fato de não ter quem os amparassem. 
Tempo
O romance é narrado em terceira pessoa, por um narrador onisciente ( que sabe tudo o que ocorre ). Essa características narrativa possibilita que seja cumprida uma tarefa facilmente notada pelo  leitor: Mostra o outro lado dos Capitães da Areia.


 


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