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Resumo e Análise do livro: Vidas Secas - Graciliano Ramos.


     



          Um grupo de nordestinos, uma cadela e, no inicio, um papagaio, abem em retirada. Para a sobrevivência do grupo, é travada um luta incessante incluindo o sacrifício do papagaio e a mesquinha contribuição de Baleia ( cadela ) através da caça de uma preá, servindo para adiar a morte do grupo. Após tempo de caminhada, abrigaram-se em uma fazenda abandonada. Vêm as chuvas, Fabiano oferece seus préstimos de vaqueiro e continua na fazenda consciente de sua transitoriedade naquelas paragens, quer porque o patrão poderia expulsá-los a qualquer instante, quer pela seca, terror constante por ser um processo cíclico e real. Nesse intervalo, Baleia morre. Quase desamparados, partem em busca de novas terras quando chegam as secas, mas desta vez fugindo para a cidade grande, acalentados pela esperança de uma vida melhor.
       Dos elementos constitutivos de Vidas Secas podem ser destacados: a paisagem, a linguagem e o problema social, todos eles entrelaçados.
Segunda geração do modernismo ( 1930 - 1945 ).

    Publicado em 1938, Apresenta uma ruptura em relação aos romances anteriores por apresentar foco narrativo em terceira pessoa. A postura assumida em Vidas Secas volta-se para a análise de caracteristicas mais objetivas, com personagens não entregue a própria sorte, mas dirigidos, em seus destinos, pelas mãos do narrador. Desta forma, a revolta egoísta, cede lugar ao tratamento mais amplo, compaixão, compreensão e a simpatia.

  • Onisciência do narrador que é capaz de mostrar e friamente a miséria e a situação precária do mundo exterior.
  • Discurso indireto livre, que tem como vantagem permitir ao narrador revelar o interior dos personagens.
   O narrador passa ao leitor não só a paisagem inóspita e os desajustes sociais, como também o modo de ser, pensar e de sentir dos personagens. Cada um dos Treze capítulos constitui uma célula com ritmo próprio.
   A marcação do tempo não é cronológica, a poucas referências a tempo indeterminado, o mesmo ocorre ao espaço, apresentando na amplitude da catinga, em uma certa fazenda, perto de um povoado indeterminado. O capitulo inicial e final contem o mesmo assunto - a família que parte em retirada, - tem, para diferenciá-los, o tratamento espaço temporal. No primeiro - "Mudança" - no último - "fuga"- interessante como são sugestivos os vocabulários; fuga acrescenta ao significado de mudança o tom fatal imposto pelo fato de rumar ao encontro.
  Elementos humanos da família:
Fabiano: Homem rude, de pouco falar. Assusta-se com o desconhecido, é desconfiado e é manipulado pelos poderosos. Identifica-se com os bichos, o que denuncia a condição sub humana a que está confinado.
Sinhá Vitória: versão feminina de Fabiano. Seu sonho é ter uma cama de couro, igual a de Seu Tomás da bolandeira.
Os meninos:  referidos como "o menino mais novo" e "o menino mais velho", o texto deixa a entender que os meninos perpetuarão a um estilo de vida dos pais, num circulo vicioso.
Baleia:  A cadela personagem que mais se assemelha a um "ser humano" é solidária, atenciosa, amiga é o elemento que confere humanidade ao grupo.
Soldado-Amarelo: Símbolo do poder autoritário, que subjuga Fabiano e todos aquele que como ele vivem.
    A obra tem como elo dois aspectos: a miséria do mundo físico ( paisagem ) extensiva ao mundo intelectual ( linguagem ) dos retirantes, o segundo, decorrente da carência de linguagem, deixa transparecer a mundividencia de cada um deles...

                                               


                                               

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